sexta-feira, 2 de maio de 2008

Porque está chovendo e frio e eu não gosto do inverno, porque o meu egocentrismo permite – ou exige – porque a solidão faz isso com a gente, porque começar com porque é meio repetitivo e não tenho nada para escrever mas quero falar do último filme do Rambo que é muito, muito ruim, e também quero falar da felicidade simples do jogo fácil, do cobertor macio e de alguma ausência ou buraco no peito que pulsa não sei porque, que os mais corporativos chamariam de “gap” mas estou farta de ser corporativa, para tornar a procrastinação útil de alguma forma, maior do que a de ter o privilégio de usar palavras difíceis como procrastinação e sempre quis escrever um parágrafo assim, sem ponto final, como faz Gabriel García Marquez em seus livros completos, complexos e maravilhosos e acho que sim, consegui, mesmo que não seja perfeito, preencher esse espaço com as palavras contidas que precisava dizer de qualquer maneira tomara que amanhã faça sol.

Um comentário:

Rogério disse...

O que vale é se o sol sempre vem, assim como o silêncio para o barulho, a noite para dia, o mar para com a praia, sempre em voltas e voltas e voltas retornando como que para lembrar ao homem que apesar dos dias escuros e com chuva, o sol sempre está lá, brilhando e esperando a chance de aquecer o nosso dia, basta persistir, porque nossa existência é um jogo onde a felicidade nos obriga a persistir sempre porque ela quer aparecer e se fazer presente.
A propósito... depois de uma sexta úmida com chuva, o sol de sábado foi demais...