Nenhum comentário além da interpretação do inestimável leitor.
"Do I contradict myself?
Very well then I contradict myself,
(I am large, I contain multitudes.)"
Song of Myself - Walt Whitman
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
Povo Bunda Tem Mais é Que Se F*****
E, da série Povo Bunda tem mais é que se Foder, afinal, quem vota no Tiririca e no Paulo Maluf merece ver certas heresias, uma representação gráfica singela do aumento abusivo de salário de nossos ilustres deputados federais, que passarão a ganhar R$ 26,7 mil (esse absurdo mesmo: vinte e seis mil e setecentos reais).
Queria fazer um gráfico, mas a proporção impediria o caro leitor de identificar nosso salário mínimo nele.
Para facilitar, abaixo uma lista dos deputados de Santa Catarina que votaram a favor dessa vergonha (desculpem o bairrismo, mas acho mais fácil catequizar um Estado de cada vez):
Santa Catarina (SC)
Angela Amin PP
Celso Maldaner PMDB
João Matos PMDB
Mauro Mariani PMDB
Paulo Bauer PSDB
Valdir Colatto PMDB
Vignatti PT
Zonta PP
Santa Catarina (SC)
Angela Amin PP
Celso Maldaner PMDB
João Matos PMDB
Mauro Mariani PMDB
Paulo Bauer PSDB
Valdir Colatto PMDB
Vignatti PT
Zonta PP
E meus parabéns ao senhor Décio Lima, do PT, que votou CONTRA. Lembrarei disso na próxima eleição.
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
When I am 64
Adoro essa música dos Beatles. Se formos "atualizar" o sentido da letra, acredito que devamos acrescentar dez ou vinte anos aos 64. Felizmente a melhoria da qualidade de vida faz nossos idosos parecerem menos idosos hoje em dia. Clique aqui para ouvir.
When I am 64
The Beatles
When I get older, losing my hair
Many years from now
Will you still be sending me
a Valentine Birthday greetings, bottle of wine
If I'd been out till quarter to three
Would you lock the door
Will you still need me
Will you still feed me
When I'm sixty four
You'll be older too
And if you say the word
I could stay with you
I could be handy, mending a fuse
When your lights have gone
You can knit a sweater
by the fireside
Sunday morning go for a ride
Doing the garden,
digging the weeds
Who could ask for more
Will you still need me
Will you still feed me
When I'm sixty four
Every summer we can rent a cottage
In the isle of Wight, if it's not too dear
We shall scrimp and save
Grandchildren on your knee
Vera Chuck and Dave
Send me a postcard drop me a line
Stating point of view
Indicate precisely
what you mean to say
Yours sincerely wasting away
Give me an answer, fill in a form
Mine for evermore
Will you still need me
Will you still feed me
When I'm sixty four
When I am 64
The Beatles
When I get older, losing my hair
Many years from now
Will you still be sending me
a Valentine Birthday greetings, bottle of wine
If I'd been out till quarter to three
Would you lock the door
Will you still need me
Will you still feed me
When I'm sixty four
You'll be older too
And if you say the word
I could stay with you
I could be handy, mending a fuse
When your lights have gone
You can knit a sweater
by the fireside
Sunday morning go for a ride
Doing the garden,
digging the weeds
Who could ask for more
Will you still need me
Will you still feed me
When I'm sixty four
Every summer we can rent a cottage
In the isle of Wight, if it's not too dear
We shall scrimp and save
Grandchildren on your knee
Vera Chuck and Dave
Send me a postcard drop me a line
Stating point of view
Indicate precisely
what you mean to say
Yours sincerely wasting away
Give me an answer, fill in a form
Mine for evermore
Will you still need me
Will you still feed me
When I'm sixty four
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Flertando com a tesoura
Lá longe, na mais inexorável infância, você não tem escolha quanto ao que fazer com ele: o cabelo é ralo ou nem existe. Depois, com os primeiros tufos, vêm as odiadas presilhas e aqueles lacinhos com elástico que prendem a cabeça inteira e certamente foram criados por um padre invejoso na época da Inquisição. Na primeira vez, sem experiência, você arranca do cabelo sem dó nem piedade, abrindo um berro de arrependimento ao sentir a dor da empreitada. Quem poderia imaginar que pior do que colocar aquela engenhoca seria livrar-se dela? Depois vai ficando esperta: espera a mãe sair de cena e vai tateando devagarinho, tirando aos poucos para ninguém notar - nem as terminações nervosas da sua cabeça. Ufa!
Passado um tempo, já com cinco ou seis anos, você simplesmente não tem tempo para ele. Pentear? Só quando a mãe consegue pegar de jeito ou depois de uma bronca daquelas. Elástico, lacinho? Nas festas de aniversário e Natal, e olhe lá. Os presentes têm que valer o preço dos minutos subtraídos à brincadeira.
Aos doze, treze anos, lavá-lo passa a ser uma atividade séria, e você até gosta do contato com o pente e a escova. É por essa época também que o secador começa a fazer parte da rotina, mas ainda não com aquela determinação toda da adolescência.
Ah, a adolescência! De repente você descobre aquela imensidão de cores, cortes, arcos, elásticos, presilhas, cremes, sprays, escovas de chocolate e o que mais estiver em voga no momento - e quase surta tentando encontrar a combinação que defina sua verdadeira personalidade. Como se cabelo pudesse definir alguma coisa.
Com vinte e cinco você já acredita ser uma mulher madura e reduz um pouco o ritmo. Pintura e corte a cada três meses, no máximo uma escova progressiva ou um permanente (para as meninas de tempos mais remotos).
Aos trinta você até gostaria de parar de pintar, “dar um tempo” para ele se recuperar do ritmo devastador infligido por aquela camaleoa que tomou conta do seu corpo aos dezesseis. Mas debaixo da tinta há mais cabelos brancos do que você poderia arrancar se não quiser ficar semi-careca, e o jeito é abraçar a química até que a morte as separe.
Aos cinquenta... bem, aos cinquenta ainda não sei, mas vislumbro uma adorável tesoura lá longe, linda e afiada, pronta para cortá-los bem curtinhos, meus cabelos que anseiam voltar ao berço e dependerem apenas de água, xampu e uma penteada depois de acordar.
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
Hachuras
Uma linha após a outra. Retas, rotas, sem um sentido aparente além do emaranhado imprevisível. É preciso ter paciência para coordenar a mão e controlar a pena. Toda a calma desse mundo e uma intruncável concentração no presente. Quem já tentou usar hachuras em uma pintura ou desenho sabe o quanto de perseverança é preciso para se ter um resultado final no mínimo satisfatório. Claro que estou falando de trabalho estritamente manual - aliás, enriquecedor, caso ainda não tenha experimentado.
Nesta vida que passa tão rápido (e lá vou eu me repetir novamente, mas é que não consigo esgotar o assunto), penso que deveríamos andar (e correr, e dormir, e comer, e fazer tudo, absolutamente) como quem reproduz hachuras num papel. Concentrados em cada linha como se fosse a mais importante. Só assim poderemos olhar para trás e, na distância dos anos, enxergar uma obra-prima.
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
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