quinta-feira, 30 de julho de 2009

Era da Transparência (e da velocidade)

Quando pensei neste post não havia me dado conta de que o conceito já existia (tem até livro abordando o assunto). Mas vou falar do mesmo jeito, está acontecendo e tem muita, muita gente mesmo que ainda não se deu conta. Estamos entrando na Era da Transparência.

Isso mesmo: agora as "eras" não surgem mais de séculos em séculos - são anos, e arrisco dizer que logo serão meses - de intervalo entre uma "era" e outra. Coitadas das crianças - as aulas de história serão intermináveis...

Deixando de lado os comentários que não servem para nada, vamos analisar melhor o que é esse negócio afinal de contas.

Era da Transparência quer dizer que hoje quase tudo que acontece no mundo está disponível em tempo real, mas também - e principalmente - que todos podem contestar tudo em tempo real. Um exemplo bem didático: ninguém mais vai acreditar em Papai Noel porque, se a mídia disser que ele existe, milhares de pessoas vão twittar, postar, multiplicar mensagens explicando o porquê dessa idéia não fazer o menor sentido! Consegue imaginar o potencial disso? É a mídia social fazendo seu papel de revolucionar o mundo - e acabar com a pizza no Congresso (tudo bem, exagerei, mas todos temos o direito de sonhar).

As empresas já começam a ser afetadas - e elas não entenderam que tudo mudou. Para não ficar só no falatório, basta lembrar do exemplo real dado essa semana pela União, Ministério Público e Procons de 24 Estados brasileiros, que moveram uma ação coletiva contra duas grandes operadoras de telefonia. Elas não seguiram o Decreto do SAC (Decreto 6.523/08 que determina regras para o atendimento aos clientes nas empresas) e o povo reclamou.

Queremos qualidade, podemos cobrar e o Governo não tem mais como ignorar isso. Abaixo, trecho de um artigo publicado no www.1to1.com.br dia 29 de julho que explica perfeitamente essa nova realidade:

"Num mundo conectado não há alternativa senão prover atendimento de qualidade superior aos clientes. Investir no redesenho e na melhoria contínua da experiência do cliente traz um retorno muito superior a qualquer campanha de mídia, pois a imagem da empresa é construída pela opinião coletiva de seus clientes, com base em sua experiência individual."

A imagem da empresa é construída pela opinião coletiva de seus clientes! Não basta mais fazer propaganda - agora a opinião, a nossa opinião, faz diferença. Estou adorando essa nova Era!

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Errata

Faria 96, não 97 como eu disse no post abaixo. Nasceu em 13 de agosto de 1913. Alguém aí acredita em superstições?

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Uma última folha

Hoje, aos 96 anos (e prestes a completar 97) foi embora deste mundo meu último avô ainda vivo. Fiquei oficialmente órfã de avós. A morte, quando chega assim para alguém que viveu tanto, já não assusta mais aos olhos de quem observa de longe. Vem como um sussurro, fria e triste nesta segunda-feira invernal.

Por alguma ironia do destino, meu avô mais velho foi o que viveu mais, e a avó mais nova nos deixou primeiro. Se a vida segue alguma lógica, certamente não é a humana. Planejamos, planejamos e planejamos, aí vem o acaso e nos dá uma rasteira. O controle escorre por nossas mãos, faz graça de nossa vulnerabilidade.

Era quieto, meu avô. Costumava ficar ouvindo as conversas, os zumzumzuns de filhos, netos e bisnetos, soltando um comentário breve hora ou outra. Sempre achei que havia puxado isso dele. Isso e um sombrio orgulho tão difícil de abandonar. É tudo que sei sobre ele - tão próximo e tão desconhecido.

Queria dizer que vou fazer tudo diferente, sabe, mas cada vez mais me convenço da imperfeição latente que atinge a todos nós e algum dia, sem razão, se manifesta. Então já não me comprometo, só me despeço, com pesar, desta última folha que caiu.

Ponto de Interrogação

Depois de amanhã ninguém sabe
Se vai quebrar a perna
Ou ganhar na loteria
O futuro pode sair da caixa de pandora
Triste e ameaçador
Ou fazer valer a espera
Dos mundos, um melhor

Depois de amanhã é um ponto de interrogação
Como daqui a dois segundos
Para frente, tudo é mistério infinito

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Porque não falar do Festival de Dança

Eu ganhei os ingressos, é bem verdade. E tenho que agradecer o Instituto Festival de Dança de Joinville por eles. Ótima iniciativa. Mas quase paro por aí. O fato é que a apresentação da noite de gala foi, no mínimo, chata. A primeira apresentação contava a história de um casamento de camponeses (pausa para um bocejo), interminável e aborrecido. Tudo bem, os caras dançam direitinho, mas podiam trazer algo mais novo, né?

Para não ser injusta, a segunda apresentação - Serenade - foi bem bonitinha. Tchaikovsky ajudou. Fico pensando se sou eu que não entendo bulhufas de balé...

Conectada

Blog, twitter, orkut, linkedin, facebook... Ufa! Como a gente faz para manter tudo isso atualizado? Parece que o Google achou (ou está achando) uma solução para os nossos problemas. Alguém aí já ouviu falar do Google Wave? Tá, não é tão novidade assim, mas se você não sabe, nunca viu e está louco para conhecer, saiba que até setembro a empresa deve liberar o aplicativo para 100 mil pessoas. Isso é o que chamo de beta teste!

Ah, o You Tube tem um monte de videozinhos a respeito. Vale dar uma olhada.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Síndrome de Garfield

Não tente me vender nada numa segunda-feira. Sobretudo antes do meio-dia. Tal qual o gato criado por Jim Davis, sou profundamente afetada por esse dia da semana. As primeiras horas da manhã passam no piloto automático, e tenho que fazer um esforço hercúleo para criar qualquer coisa. Mas estou evoluindo. Hoje, saiu até um post.



quinta-feira, 16 de julho de 2009

Sorte

Ganhei ingressos para o Festival de Dança (de Joinville) numa promoção pelo Twitter. Alguém ainda duvida que funciona?

Da atração pela água

Uma casa à beira mar, perto do rio, com vista para a lagoa... e nem é por esporte (surf, mergulho, nado, remo e afins) mas pela vista mesmo. Vira e mexe alguém repete o sonho de um lugar assim. Ter a satisfação de ver a água pela janela, turbulenta ou parada como um espelho, de alguma forma nos faz mais felizes. Queria dizer que não compartilho desse sonho - sou meio avessa a normalidades - mas não posso negar a atração que sinto pela matéria neste estado transitório: nem tanto estático, nem tanto fugidio.

Então devo repetir aqui meu amor pela água, essa criatura que a tudo se adapta e de quase tudo faz parte, e tornar-me igual a massa que sonha com um cantinho perto do oceano.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Golpes e Ditadores

Ia falar do Michael Jackson, mas a preguiça associada a uma faringite me atrapalhou (pretexto pra explicitar a hipocondria latente). Então, vou falar de Honduras, aquele paizinho ("inho" por ser pequeno, não me interpretem mal) da América Central recentemente abalado por um golpe militar.

Confesso que da primeira vez que ouvi a notícia apoiei. É, o golpe, apoiei o golpe. Afinal, disseram que o cara queria se reeleger, fazer um plebiscito contra a vontade do Congresso. Desrespeitou as leis do país. Depois repensei: o jeito certo de fazer as coisas não é através de um golpe militar, certo? Afinal, golpe militar, assim como reeleição, abre pretexto para a instauração de mais uma ditadura, nos moldes venezuelanos. E os presidentes de nossa latino américa andam criando gosto pelo modelo, não se pode dar margem a esses pensamentos.

Solução? Deixa o cara fazer plebiscito. Se vencer, bem, cada povo tem o governo que merece...

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Usuários marcam protestos contra José Sarney pelo Twitter, enquanto "a zona corre solta no Congresso". E eu um dia volto a escrever textos consistentes...