sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Resíduos de "Resíduo"

"De tudo ficou um pouco...". Lembra desse poema de Drummond? Abaixo, um pedacinho de Resíduo e o link para ler todos os versos.

"(...)Um pouco fica oscilando
na embocadura dos rios
e os peixes não o evitam,
um pouco: não está nos livros.
De tudo fica um pouco
Não muito: de uma torneira
pinga esta gota absurda,
meio sal e meio álcool,
salta esta perna de rã,
este vidro de relógio
partido em mil esperanças,
este pescoço de cisne,
este segredo infantil... (...)"

Para ler completo, clique aqui.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Se é inevitável, relaxa...

As redes sociais chegaram para ficar. Não tem mais volta - e quem ainda acredita que elas são só mais um fenômeno passageiro deveria rever seus conceitos com urgência. Ou digitar “internet no Brasil” no Slide Share e ler algumas das apresentações publicadas sobre o assunto por lá, principalmente as baseadas em pesquisas recentes (se você ainda não levou a sério as redes sociais e nem faz idéia do que é Slide Share, está aí uma ótima oportunidade para ingressar nesse admirável mundo novo).

O fato é que até em países ultraconservadores do Oriente Médio as pessoas usam aplicativos como Orkut, Twitter, Blog ou Facebook, só para citar os mais conhecidos. E nós, brasileiros, só perdemos para os norte americanos em matéria de Internet. Claro, as redes seguem a velha tendência de crescimento (explosão de brasileiros aderindo ao Twitter), auge (o Orkut até 2008) e queda (o Orkut hoje) – mas a queda, se e quando tende a zero, é influenciada pelo surgimento de outra rede social, melhor ou diferente das existentes. O Google, por exemplo, já cria um aplicativo para unir diversas funcionalidades de rede social a e-mail e comunicadores instantâneos – uma “mega rede social” que pode desbancar as que conhecemos hoje. E pode, lembre-se, não tem o mesmo sentido de vai.

Tamanha mudança vem causando rebuliço na cabeça de muitos empresários – principalmente os que dirigem empresas onde o uso do computador é essencial para a atividade produtiva. Afinal, rede social envolve os colaboradores, tirando a atenção do trabalho que precisa ser feito. Verdade? Só para quem ainda não aprendeu a lidar com ela ou tem sérios problemas de concentração. Verdade mesmo – e que deveria ser enxergada por presidentes, diretores, gerentes e coordenadores – é que as redes vão impactar cada vez mais nos negócios das empresas influenciando na imagem de marca, percepção do consumidor (para B2B e B2C), e, claro, VENDAS.

Indicação sempre foi a melhor forma de propaganda que uma empresa poderia ter. No Brasil então, onde relacionamento é parte importante dos negócios, mais ainda. E colaboradores interagindo nas redes sociais são praticamente uma vitrine do que a empresa tem de bom. Ou de mal, se não forem corretamente orientados. Agora, proibir o acesso às redes definitivamente não é solução. Até porque a troca de informações que as redes sociais propiciam é uma excelente fonte de conhecimento para empresas que não querem parar no e com o tempo.

Finalmente, tratando-se de redes sociais, aquele velho ditado é mais conclusivo: “o estupro é inevitável”! Então, se você dirige uma empresa (ou é dirigido por uma que ainda não entendeu “esse tal de Orkut”) deveria simplesmente relaxar e seguir algumas dicas essenciais:

- Oriente colaboradores para que eles entendam o impacto (positivo e negativo) que sua interação em redes sociais como Twitter, Orkut, LinkedIn, Facebook e outras pode causar

- Depois que eles aprenderem bem os conceitos (você vai se surpreender quando descobrir que muitos já estão craques na matéria), libere o acesso às redes

- Ok, pode liberar em horários alternativos se desejar (almoço, 15 minutos de manhã, 15 minutos à tarde..), mas libere

- Comece a elaborar uma estratégia para atuação da empresa nas redes sociais – e divulgue essa estratégia entre os colaboradores. Lembre-se: eles são seus maiores aliados, e vão ajudá-lo a divulgar produtos, serviços, prêmios, boas ações e todas aquelas coisas que as empresas devem contar para todo mundo

- Lembre-se de incorporar a estratégia às atividades de integração de novos funcionários

Gostou da idéia? Então veja um post com mais argumentos ainda: http://gabrielbranding.com.br/branding/porque-seu-colaborador-precisa-utilizar-as-redes-sociais

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Para começar 2010

Já fiz uns dez textos mentais para postar aqui, mas todos ficaram nisso mesmo. Perderam-se na confusão das minhas idéias, nas festas de final de ano, na nova rotina de academia e caminhadas em busca da juventude eterna (depois dos 30 vêm os 40, e, depois dos 40, ou a gente pára de olhar no espelho ou aceita que tudo tem um fim). Tá difícil parar e escrever ultimamente.

O fato é que este foi um início de ano muito incomum: não enviei felicitações aos amigos, não fiz planos, não defini metas. Natal e ano novo passaram meio que num limbo, onde levitei sem raciocinar por alguns dias. A razão disso? Não tem razão, é só a crise dos 32, ou como queira chamar, se é que tudo precisa ter um nome (meu mundo é o das sensações, não consigo nomear objetivamente todos os momentos).

Gostaria de ter alguma obsessão, um vício, sabe? Pintar, correr, colecionar selos – qualquer coisa que proporcionasse metas e um conseqüente sentimento de realização ao alcançá-las. Mas não me encaixo nesse modelo de vida, sou eclética demais. Quero saber de tudo, aprender tudo, entender o mundo. Rotinas tornam a vida simples, o que é uma pena, pois nasci complexa (convexa, avessa, dispersa e amante das palavras – mas não viciada o suficiente).

Enfim, eis aqui um post para começar o ano e confundir os classificadores de blog, que podem lê-lo e pensar que se trata de um diário.