terça-feira, 27 de novembro de 2007

Bicho de 7 Cabeças
Zé Ramalho

Não dá pé, não tem pé nem cabeça
Não tem ninguém que mereça, não tem coração que esqueça
Não tem jeito mesmo
Não tem dó no peito, não tem nem talvez
Ter feito o que você me fez, desapareça
Cresça e desapareça

Não tem dó no peito, não tem jeito
Não tem ninguém que mereça, não tem coração que esqueça
Não tem pé, não tem cabeça
Não dá pé, não é direito
Não foi nada, eu não fiz nada disso e você fez um
Bicho de sete cabeças
Não dá pé, não tem pé nem cabeça
Não tem ninguém que mereça, não tem coração que esqueça
Não tem jeito mesmo
Não tem dó no peito, não tem nem talvez
Ter feito o que você me fez, desapareça
Cresça e desapareça
Não tem dó no peito, não tem jeito
Não tem ninguém que mereça, não tem coração que esqueça
Não tem pé, não tem cabeça
Não dá pé, não é direito
Não foi nada, eu não fiz nada disso e você fez um
Bicho de sete cabeças

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Passei a linha dos 30. Tem ar aqui do outro lado. Ainda posso andar, mexer os braços, sonhar. Ah, e os neurônios vão bem, obrigada. A diferença é uma certa nostalgia, mas isso acho que é mais parte do meu temperamento que conseqüência da mudança. O lado bom é que a carinha ainda é de 25, e a modéstia então... O lado muito bom é que faltam 30 anos para os 60, e 60 para os 90. Uf! É muito tempo! Deve ser suficiente para todas as vidas que vêm por aí.

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Sexo e História

Assistindo à série The Tudors do People&Arts não pude deixar de refletir sobre libertinagem. Segundo o dicionário, libertinagem significa 1. Vida de libertino. 2. Devassidão, licenciosidade. Como essa definição ajuda pouco, indo mais a fundo libertino quer dizer 1. Livre de qualquer empecilho. 2. Desregrado nos costumes, dissoluto, licencioso, devasso, lascivo. Enfim, trata-se de viver para o prazer, sem dar bola para a opinião (e as regras) dos outros.

A série, além de uma boa lição de história, mostra um retrato dos costumes da sociedade da época – sexuais inclusive. O que me deixou com uma pulga atrás da orelha. Não eram as mulheres guardadas à sete chaves para seus maridos? E o sexo não seria um tabu? Tudo bem, os homens podiam pular a cerca a qualquer momento, mas as mulheres também? Seria essa suruba generalizada um recurso dos produtores da série para aumentar a audiência, ou os bons tempos romanos não morreram com a invasão bárbara?

Não canso de ouvir os mais velhos dizendo que “os tempos não são mais os mesmos”, que “antigamente não existia esse negócio de ‘ficar’, sexo antes do casamento ou morar junto”. Será? Tenho duas teorias a respeito: a primeira é que tudo se repete infinitamente. Os acontecimentos, costumes, moda e tudo o mais nunca deixam de existir, só ficam latentes por algum tempo, esperando a hora de retornar. Então, talvez nossos avós, quiçá nossos pais (eu não sou tão velha assim), viveram num mundo mais reprimido sexualmente. E agora nosso papel é ressuscitar os bacanais. E pior (ou melhor, tudo é relativo), na geração de nossos filhos o sexo libertino estará no auge.

A segunda teoria é menos ingênua: o sexo sem freios sempre esteve aí, só que já foi mais escondido. Agora, com tantas formas de comunicação e essa urgência em ter e saber, o ser humano está deixando a vergonha de lado. Já tem mulher nua na novela das 21h! E sexo na das 18h, com a tela ficando escurinha, mas só depois de mostrar os peitos da atriz. Aliás, queria agradecer aos produtores do The Tudors pelo lindo ator que escolheram para interpretar o rei Henrique VIII. O último filme que vi contando a história dele mostrava um homem barbudo e gordo. Estou certa de que o público feminino concorda comigo nesse aspecto: senhores cineastas, esqueçam a total veracidade dos fatos e abram exceção para as aparências. É muito melhor ver um jovem musculoso nas telas – para nós mulheres e para o seu Ibope.

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

terça-feira, 13 de novembro de 2007




Da arte das enumerações
Capítulo 2 - Chato Mesmo

1 - Chato mesmo é celular no cinema
2 - Chato mesmo é ficar sóbrio no meio dos bêbados
3 - Chato mesmo é programa de comentarista de futebol
4 - Chato mesmo é feriadão com chuva
5 - Chato mesmo é trabalhar em feriadão
6 - Chato mesmo é fumaça de cigarro no apartamento
7 - Chato mesmo é propaganda política
8 - Chato mesmo é político em quermesse
9 - Chato mesmo é político em qualquer lugar
10 - Chato, chato mesmo, é ser obrigado a votar em político

domingo, 11 de novembro de 2007


O truque não funcionou. Ou o número de tarados e curiosos no mundo diminuiu radicalmente, ou as regras mudaram. Fico com a segunda opção. Depois da internet, tudo se transforma num piscar de olhos.
"E eras assim..."
É mesmo infantil demais ter um blog? Tenho achado terapêutico nos últimos tempos. Crazy girl... maybe I´m not so right as I thought. Sometimes I can´t control myself. And that´s my other "I" writing. The english "I". Soon I'll have an spanish "I". Who knows...

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Teste

Testando... 123... testando.. (não sei se vou conseguir). Vamos lá... 123... testando... Veja as fotos do Rodrigo Santoro em nú frontal. Pronto. Foi! Mais uma: confira o ensaio da Ana Paula Arósio em poses sensuais, totalmente nua – sexo selvagem. Tá, chega. Já virou apelação.

Não entendeu nada? Acha que essa que vos escreve está à beira do manicômio? Bom, essa até que é uma hipótese provável. Mas ao menos nesse momento não é a correta. Como diz o início do post, estou testando uma teoria: a do engana Google. É do maridão. Diz ele que assim vai aumentar a audiência do meu blog. Hahahahahahaha (não sei se quero isso). Explicando melhor: tem tanta gente tarada nesse mundo, procurando pelas palavras nú, sexo e fotos de famosos nús na internet, que é muito provável que, por conter essas palavras, meu blog seja localizado nessas buscas. Se isso ainda funcionar (porque ele usava isso há 5 ou 6 anos, o que é equivalente ao século passado tratando-se de internet) logo logo terei dezenas de ninfomaníacos decepcionados visitando isso aqui. Se você é um deles, deixe seu comentário para eu saber que funcionou. Curiosidade é uma atividade de alto risco...

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Dez pras onze

Se as pessoas soubessem o quanto eu detesto telefone, me enviariam mais e-mails. É sério. Levei anos para aderir ao celular, e praticamente só uso para receber chamadas. Ligar, só em caso de urgência. Nem na adolescência, época em que as meninas costumam ficar horas penduradas no telefone (costumavam, no meu tempo, agora devem ficar na internet, celular, msn, sei lá) eu usava.

Curiosamente, comecei a escrever o texto acima hoje após o almoço e só agora descobri que já escrevi algo bem parecido, há quase um ano (acho) no início do horário de verão. Lá eu também dizia que amo horário de verão. Essa tendência a repetição é coisa de velho. Quanto mais tempo na Terra temos, mais nos repetimos. Meu avô contava vezes seguidas as mesmas histórias de suas caçadas, sempre como se fosse a primeira vez. E eu achava engraçado esse saudosismo, esse eterno recontar a própria vida. É quase como manter a chama acesa, alimentá-la fingindo que o tempo não passou. Mas o pior é que não nos damos conta. Sempre parece a primeira vez, exceto, talvez, por uma sensação leve de déjá-vou (http://www.deja-vou.com - achei o site enquanto pesquisava a palavra – elogio al olvido).

Mas chega, vou dormir ao som de Madredeus. “Haja o que houver, eu estou aqui. Haja o que houver, espero por ti...”

domingo, 4 de novembro de 2007

Farsa



como se fosse febre
e não queimasse
como se tivesse sombra
e não existisse
como se fosse um poema
e não rimasse

ah, se ele soubesse
desse abismo
como se fosse raso
e, sem esforço,
chegasse ao fundo
como se fosse pouco
como se vivesse mudo
o grito que nasce do peito
perfeito, contudo,
é como se não fosse

sábado, 3 de novembro de 2007

Preciso parar de escrever sobre lucidez (ou a falta dela). Alguém pode juntar as peças e achar que estou muito fora da casinha.

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Repeat

Nesses dias em que me pego perdida em pensamentos
Tristes, sem saída
E acrescento a eles outros pensamentos
Tão perdidos quanto os primeiros
Queria descobrir o sentido de tudo
Para que todos os sentidos fossem sensatos
Mas a vida é loucura
E os momentos, insanos
Não há lucidez na rotina
De repetir-se eternamente
Nenhuma novidade pra contar. Só que o feriadão tá batendo na porta e ainda não tenho roteiro para ele.