sexta-feira, 28 de julho de 2006

O problema da mediocridade é que é possível ser feliz com ela. Mas não muito feliz. A mediocridade é o contentar-se com o sentimento do meio. Uma meia paixão, um meio medo, uma meia alegria. Simples assim, sem nada que faça acelerar o coração. Talvez as pessoas medíocres vivam mais. Tenham menos ataques cardíacos ou derrames. E menos rugas também, pois forçam menos os músculos da face para os sorrisos e as lágrimas. Penso se na próxima vida quero mesmo alcançar esse equilíbrio - a arte de pesar na balança os prós e os contras, sem lutar desesperadamente por um dos lados. E viver num mundo tranqüilo e imutável, sem retrocessos, mas também sem nenhum avanço.

quarta-feira, 26 de julho de 2006

O tempo que vale

Ia falar da mediocridade. Mas quem consegue falar em mediocridade tendo assistido à uma apresentação da David Parsons Company? Foi ontem, no Festival de Dança de Joinville. Lindo, maravilhoso, um dos melhores espetáculos que já vi. Do tipo que te faz pensar que a vida é bela - mais que no filme - e definitivamente vale a pena.

Eu não ia comentar o Festival de Dança. Assisti à abertura e achei tão chato que fiquei pensando se tinha sensibilidade suficiente para entender essa arte. Mas, depois de ontem, tenho que registrar alguma coisa. A dança das mãos, o bailarino que levitava, tudo perfeito! E sem grandes cenários - só a dança, a música e a luz. Como é que coisas tão simples podem produzir resultados tão inusitados? Mozart adquiriu um novo significado pra mim. E como era mesmo o nome daquela outra banda, que emprestou a música ao espetáculo? Não lembro, mas vou pesquisar e deixar guardado, para ouvir um dia desses.

terça-feira, 25 de julho de 2006

Sorria!
Mesmo que o dia amanheça cinzento, e o sol leve uma eternidade para surgir. Mesmo que o problema pareça insolúvel e a reunião interminável. Mesmo que a lágrima caia, que o corpo se canse e que tudo soe impossível. Mesmo assim, sorria.

Você tem milhões de motivos para sorrir. E sessenta segundos a cada minuto de vida para deixar-se contagiar por um sorriso.

(agora não lembro se fui eu que escrevi, ou se tirei de algum lugar...)
Pensamento do dia:

Só os medíocres são felizes.


(amanhã eu comento)

sexta-feira, 21 de julho de 2006

Sobre "O Caçador de Pipas"

Aprendi com esse livro que, do lado de lá do Atlântico (nas terras do Afeganistão) as pessoas também riem, choram, comemoram como nós. Mas existem diferenças sutis na forma como elas fazem isso. Se você prestar atenção nessa estória, verá que elas são mais emotivas (do meu ponto-de-vista, mais que os brasileiros, mas eu moro no Sul, não sei se dá para comparar) e tão preconceituosas como nós, só que têm preconceitos diferentes.

Mas não era aqui que eu queria chegar. Ia falar de filmes. Lá eles gostam de saber o final antes. Parece que é meio uma condição para decidir se vale ou não ir ao cinema assistir. Já pensou? Você pergunta para um amigo se o filme é bom, e ele responde: "é ótimo! No final o mocinho fica com a mocinha.." ou então "nada, horrível, o navio afunda e todo mundo morre". Sem chance. Apesar de eu ser do tipo que assiste filmes pela metade, definitivamente não gosto de saber o final por antecipação. Melhor é mergulhar na estória, fazer parte dela e quase viver cada cena...

Poema Incompleto



Amo de um jeito assim
Meio perdido
desconexo
Amo sem saber de mim
Sem saber de ti
(Nada sei, mas ainda assim amo)
Incompleta expressão da alma
Sem começo nem fim
Só para usar a palavra amor


(hoje descarregando os poemas da gaveta)

terça-feira, 18 de julho de 2006

Muuuito melhor hoje! Deve ser o sol, ou a proximidade da quarta-feira, sei lá. Mas continuo sonhando com trabalho.... A vantagem é que já acordo com parte das minhas tarefas resolvidas... :)
Amanhã tem abertura do Festival de Dança pra desanuviar a cabeça.

segunda-feira, 17 de julho de 2006

Péssimo humor hoje. Seria o excesso de festas no final de semana? Sabe Deus... Fazia um tempo não me sentia assim. Tudo parece meio fora de lugar, difícil, sombrio. É como se não fizesse sentido estar aqui. Deve ser crise de segunda-feira, o corpo compensando tudo que não foi dito. Mas nada melhor que um dia após o outro para curar ressacas mentais. E que venha a terça-feira!

sexta-feira, 14 de julho de 2006

Dizem que nós, mulheres, somos complicadas. Mentira. Somos enroladas, sim, para fazer compras. Ficamos horas a fio provando todo e qualquer tipo de blusa bonitinha que vimos na vitrine, só para chegar a conclusão de que o que precisamos mesmo é um sapato. E daí vão mais algumas horas em outra loja, provando infinidades de sapatos, para concluir que não vamos levar nada - agora. Mas semana que vem tem mais! Também gostamos de falar - muito - sobre o cabelo da fulana que ficou horrível, ou a roupa que vamos usar na próxima festa, e, mais ainda, discutir o relacionamento (embora dessa categoria eu me abstenha de participar, nunca tive muita paciência para aparar esse tipo de aresta).

Agora, fora esse detalhe, complicados são os homens. Experimente colocar cinco homens numa sala de reunião para resolver um problema. Se a reunião for de uma hora, eles vão passar todos os 60 minutos teorizando sobre possíveis soluções. Se for de duas horas, então eles vão levar 120 minutos para discutir a mesma coisa. E depois vão chegar à conclusão de que precisam de outras duas horas de reunião para resolver o problema. Pior: eles vão levar esse tempo todo para acabar fazendo o que nós, mulheres, em cinco minutos (talvez dez, não vamos exagerar), já teríamos colocado em prática! Essa é a verdade: mulheres são práticas. Os séculos de vida doméstica, administrando lares, nos conferiram essa qualidade. Ou seja: se quiser resolver uma coisa rápido, chame uma mulher. Agora, se for abrir uma loja de roupas, que ela seja de roupas masculinas. Porque vender roupa pra mulher é a maior roubada...

quinta-feira, 13 de julho de 2006

Fall

Um poeminha para começar...

Fall


Um dia de outono
Onde tudo parece certo
Brilhante
Lindo

Como olhar nos seus olhos pela manhã
E pensar que esses segundos
Valem uma vida inteira

Perfeito dia de outono
E eu que já acreditei mais no verão
Eu, que amei o verão mais que tudo
Sinto a serenidade do sol ameno
Batendo aqui perto
E sigo adiante

Entendendo melhor o mundo
Nas folhas da calçada
No cão sem dono
Na inevitabilidade da vida
Na efemeridade do outono.



(sábado de sol, 11h, 13 de maio de 2006)