quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

Os Melhores do Mundo são mesmo os Melhores!

Eu vi, eu vi! Eu vi o show da Cia. de Comédia Os Melhores do Mundo! É de se rachar de tanto rir! Lavei a alma!!!
(Pra quem não sabe, são eles que fazem aquela encenação do Joseph Klimer - acho que é assim que se escreve - "a vida é uma caixinha de surpresas... qualquer um teria ficado triste, deprimido, mas esse homem é Joseph Klimer..." lembrou? Vale muuuuuito a pena ver ao vivo).

terça-feira, 16 de janeiro de 2007

"Tu te tornas responsável por aquilo que cativas."

(O Pequeno Príncipe - Antoine Saint-Exupéri )

quarta-feira, 10 de janeiro de 2007

(Esse texto já roda a internet há tempo, mas permanece perfeito. Como recebi ele hoje novamente, resolvi deixar gravado aqui, para ler de vez em quando e me acostumar...)

A GENTE SE ACOSTUMA
Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia. A gente se acostuma a morar em apartamento de fundos e não ver vista que não sejam as janelas ao redor. E porque não tem vista logo se acostuma a não olhar para fora. E porque não olha para fora, logo se acostuma e não abrir de todo as cortinas. E porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, se esquece do sol, se esquece do ar, esquece da amplidão. A gente se acostuma a acordar sobressaltado porque está na hora. A tomar café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder tempo. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.
A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E não aceitando as negociações de paz, aceitar ler todo dia de guerra, dos números, da longa duração. A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: “hoje não posso ir”. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisa tanto ser visto.
A gente se acostuma a pagar por tudo o que se deseja e necessita. E a lutar para ganhar com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagará mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra. A gente se acostuma a andar nas ruas e ver cartazes. A abrir as revistas e ler artigos. A ligar a televisão e assistir comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.
A gente se acostuma à poluição, às salas fechadas de ar condicionado e ao cheiro de cigarros. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam à luz natural. Às bactérias de água potável. À contaminação da água do mar. À morte lenta dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinhos, a não ter galo de madrugada, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta por perto. A gente se acostuma a coisas demais para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta lá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente só molha os pés e sua o resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito que fazer, a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem muito sono atrasado.
A gente se acostuma a não falar na aspereza para preservar a pele. Se acostuma para evitar sangramentos, para esquivar-se da faca e da baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, de tanto acostumar, se perde de si mesma.
(Marina Colassanti)

sexta-feira, 5 de janeiro de 2007

Quem somos nós?

O universo é um imenso vazio. Eu e você somos um imenso vazio. O observador interfere na realidade. As coisas só existem porque olhamos para elas. Só enxergamos aquilo que conhecemos – aquilo que nosso cérebro entende como real. Nosso cérebro não faz distinção entre realidade e pensamento. Podemos alterar a realidade. Todos somos um.

Somos viciados em nossas emoções. Pior, o excesso de emoções danifica nossas células, que se tornam menos capazes de absorver elementos vitais à nossa sobrevivência. Todos somos dependentes químicos, em menor ou maior grau.

Essas são algumas conclusões tiradas do filme “Quem Somos Nós?” que assisti ontem. Não me perguntem o diretor, nem nome de atores, não prestei muita atenção, sou desatenta. Mas, independente disso, vale a pena conferir. O filme traz uma série de respostas às nossas dúvidas mais primordiais, e cria uma infinidade de perguntas em nossa mente também. Para quem não se contenta com as teorias de Adão e Eva ou a evolução dos macacos, é uma boa pedida.

Agora sigo em frente, aproveitando essa maravilhosa sexta-feira (toda sexta-feira é ótima, mesmo cinzenta e chuvosa), feliz pela perspectiva do sábado. Beijos aos leitores acidentais, se é que existem.