quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Thousands of Weeks

Thousands of weeks
And nothing more
Just a few days of brightness

Thousands of thousands of thousands of weeks
Podes ver, no espelho, o tempo mesclado à tua epiderme?
O quanto ele soma em ti, o quanto tu te perdes nele?
Há uma pergunta que brota aos trinta e nos desespera aos cinqüenta, para enfim voltar a dormir
Thousands of weeks and more
But just a few days of brightness
Leio Anaïs Nin e penso na complexidade do feminino.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Perdi quase todos os meus e-mails de 2008 e o mundo não acabou. Nenhum terremoto, enchente ou sucessão inexplicável de problemas ocorreu. E eu que tinha uma dificuldade enorme para apagar qualquer e-mailzinho trocado. Todos os dias aquela mensagem convidando para eliminar os itens antigos, todos os dias cancelar, prorrogar até que não houvesse mais jeito.

Eis que o computador começa a empacar e todo mundo que dizia que o Vista era uma tranqueira passa a mudar o dicurso para um “até que tem umas vantagens” ou “não é tão ruim assim”. Diante das evidências e da sensação súbita de velhice – quanto mais velhos ficamos, maior a nossa resistência ao novo – decidi largar mão de ser desconfiada e instalar de vez esse negócio, formatando primeiro o note, claro. Considerando que minha última experiência nesse campo não foi muito enriquecedora, para não dizer traumatizante, até que foi uma atitude corajosa. Então faço o backup, formato, reinstalo os arquivos e redescubro uma verdade mais do que óbvia: quanto mais conhecimento temos em um assunto, mais negligentes ficamos quando temos que resolver coisas relacionadas a ele. E aí a merda tá feita, com o perdão da palavra. Alguma vez havia perdido arquivos do Outlook por ter feito backup errado? Nunquinha. Fiz tudo rápido e rasteiro. E não copiei a pasta certa. Simples assim. Mas não é aí que quero chegar.

A mensagem por trás do post está na leveza que passa a existir quando conseguimos ignorar o passado e nos concentrarmos no presente. Receita de felicidade, eu diria. E também é simples assim.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Num passeio por Curitiba, volto a ver o primeiro lar onde morei: um prédio antigo no Largo da Ordem (ou numa rua próxima?) do qual não tinha lembrança alguma. Também, não deu nem tempo de me paranalizar que já me trouxeram para Santa Catarina. Hoje, mais catarinense que outra coisa, vejo essa cidade cheia de morros, um tempo louco que consegue reunir todas as estações num só dia, parques, feiras e inúmeros lugares onde você encontra tudo que precisa e sinto uma certa inveja do povo que passeia nas ruas. Nada grave. No fundo, é bom saber que o mundo tem mais de um lugar onde a gente se encaixa.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

2009

Não mandei cartões, nem e-mails, nem mensagens. 2008 passou sem as minhas congratulações. Pra não dizer que não falei das flores, acho que pelo orkut enviei alguma coisa, mas foi só. É estranho terminar o ano assim, principalmente porque lembrei que deveria enviar algo, mas isso só depois do dia primeiro, e aí as datas já haviam passado.

2008, se for relembrar, passou tão rápido que nem merece o título de ano. Sem grandes comemorações, sem grandes conquistas ou feitos. Teve os seus momentos, é verdade, mas foi um ano de esperas. E, agora, cá estou em 2009, ainda olhando para a frente, procurando navios no horizonte.