sábado, 30 de abril de 2011

Sobre as datas e sua falta de significado

Ontem foi Páscoa. Amanhã é Dia das Mães. Datas, datas, datas: por que tantas e tão pouco sentido? Sei que vou me repetir, sigo fazendo isso há algum tempo. Meus avós se repetiam, só agora entendo que isso é sintoma e não característica. Algum dia a ciência nos cura (Deus, se o quisesse, teria usado outra fôrma).
Três linhas de divagação depois, um dia me farei descriadora de datas: implantarei os seis meses sem comemoração de nada, e o comércio que procure outro apelo para vender. Dia das mães? Compre algo quando ela fizer aquele bolo especial e você se sentir especialmente agradecido. Natal? Comemore Deus fazendo uma boa ação para quem precisa. Páscoa? Comemore Deus fazendo uma boa ação para quem precisa e coma chocolate todos os dias para garantir um momento de felicidade. E por que afinal todas as datas precisam usar Deus como desculpa para comprar? Não sou religiosa, mas essa monetização de Deus me incomoda.
Dito isso, sou uma hipócrita: acabo me rendendo ao sistema e comprando todos os presentes obrigatórios. Uma publicitária gastadeira sem fé no comércio indiscriminado. Doismiledoze começa a fazer sentido.  

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Esta manhã

Um sono do tamanho do mundo
E um sol imitando Deus
Azul, infinito, Aquele que carregamos lá dentro
Sem barbas e sem sexo
Deus das crianças que somos,
Belo como as quintas-feiras de abril,
obrigada por Sermos!