quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Reflexões Escatológicas

Se você disser que qualquer coisa no mundo foi feita por monges trapistas holandeses que vivem isolados em alguma montanha de nome esquisito e só saem do mosteiro uma vez por ano no dia da limpeza de Natal, pronto: virou iguaria. Dá para imaginar o discurso do vendedor: “O senhor tá vendo aquele cocô ali, ó? Aquele marrom pequenininho, levemente esverdeado? Feito por monges trapistas! Percebe o aroma adocicado, com traços de chocolate e canela? Pode levar que é garantido.” 
Se anunciar que virou moda, por exemplo, colecionar pequenos bibelôs em formato de cocô, e que muito mais chique é quando eles são feitos de cocô de verdade, fulano vai correndo comprar um cocô exclusivo feito por monges trapistas do Tibet. Ninguém vai ligar para o fato dos monges trapistas serem católicos e do Dalai Lama não ter nada a ver com o assunto. 
O que importa é ter requinte. Mesmo que seja comendo cocô. 

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