quinta-feira, 27 de maio de 2010

Cenas dos últimos capítulos

Nada de Twitter, blog, MSN, Orkut, Facebook, LinkedIn ou qualquer tipo de rede social. Eu não sabia, mas passaria a última semana sem tempo algum para interagir com minhas comunidades virtuais. Tão pouco teria oportunidade de ler jornal, escutar rádio ou assistir televisão. Os dias passaram como em um universo paralelo, e agora volto ao lar surpresa e levemente desamparada: a vida passou sem me esperar.

Ego, ego, grande e egoísta ego, como será possível as tragédias e maravilhas continuarem acontecendo sem o meu testemunho? A mente pré-geração Y (e quem sabe com um pezinho nela) não entende a lógica que cá existe. Mas deixemos de lado essas queixas – até porque quem vem chegando terá mais tempo para explaná-las – e vamos às cenas dos últimos capítulos.

De tempos em tempos sentimos necessidade de mudar. Para algumas pessoas esses intervalos são menores, para outras levam anos e, para algumas poucas, não acontecem nunca. Arrisco dizer que estas últimas ou fazem parte de um restritíssimo círculo que alcançou a paz e a felicidade supremas ou simplesmente estão resignadas à sua própria mediocridade. Mas só elas poderiam confirmar esta tese. De qualquer forma, certamente não faço parte deste grupo, pois conheci a tal necessidade de mudança em vários capítulos de minha não tão longa vida e, nos últimos tempos, ela parece brilhar em mim como um gigantesco outdoor iluminado. Mas tudo isso soa como repetição de um post escrito lá pelos idos de março, e de muitos outros em datas anteriores. Pelo visto, mudar é a minha constante.

Enfim, a semana passada foi dedicada quase que exclusivamente a esta tarefa, nem um pouco fácil e, sem dúvida alguma, ainda com muitos passos a serem dados. E digo para vocês que valeu a pena cada segundo, todas as vitórias, todas as derrotas (principalmente elas). Agora tenho que lidar com a não menos difícil tarefa de domar este turbilhão de idéias que vão tomando forma na mente, palpáveis, alcançáveis e que dão um novo sentido a este período conturbado da existência a que chamamos de vida.*

Se alguém quiser o nome do milagre, é só deixar um comentário no blog. E, last but not least, falando em cenas dos últimos capítulos, queridos fãs de Lost, o que foi aquele final? Melhor não comentar...

*Não existir não implica necessariamente em não viver. Uma pedra, por exemplo, existe, mas não tem vida. Ao menos até que alguém prove o contrário.

Um comentário:

Rogério disse...

Depois de um período de adormecimento forçado por uma série de "coisas desagradáveis mas que devem ser feitas" estou postando algo em um blog - apesar de não ser o meu - Everything´s changing, everybody´s changing - o importante é mudar também. Na incansável maré da vida, que nos leva e traz, o importante é mudar (evoluir). O que acontece é que as situações e verdades mudam. O que era "pra sempre" sempre acaba. Como se comportar neste grande turbilhão de coisas novas? Apesar de difícil, as mudanças sempre provam que são positivas, pois descobrimos talentos, defeitos e virtudes que se escondem em épocas de conforto. Sim, porque temos que confrontar o que somos com um mundo novo, que não nos conhece. Passar por mudanças é colocar à mostra tudo isto. Provar uma virtude escondida, um talento oculto. Aceitar que um defeito é prejudicial para certas situações da vida e diminuí-lo ao máximo. É procurar conhecer como você funciona, para saber como agir ante o desconhecido. Viva a mudança, pois nos transforma em pessoas melhores.