segunda-feira, 3 de maio de 2010

Os livros, Deus e a eternidade

Após uma suave e inspiradora leitura de “Comer, Rezar, Amar”, da Elisabeth Gilbert (sim, eu leio Best Sellers), resolvi começar esta semana uma jornada em sentido contrário, vasculhando “Deus, um delírio” do Richard Dawkins (tá bom, eu sei que leio muitos Best Sellers, e também sei que nem todos são tão Best assim).

Explico, mas antes quero fazer um comentário sobre o primeiro livro. Senhoras e senhoritas balzaquianas, prestes a completar 30 anos ou que já passaram dessa fase há muito tempo: leiam. Preferencialmente antes do filme chegar aos cinemas, porque o cinema, vocês sabem, é tudo de bom, mas costuma fazer amputações monstruosas em obras literárias. E não sei dizer se a Julia Roberts (dizem que ela fará o papel da protagonista) conseguirá interpretar com fidelidade a mensagem do livro – que, já adianto, nada tem a ver com passar quatro meses em um ashram na Índia. Não sabe o que é um ashram? Mais um motivo para ler “Comer, Rezar, Amar”.

Voltando ao ateísmo que começo a estudar agora – atenção religiosos, leiam até o final antes de me sentenciar à danação eterna – digamos que é uma forma de equilibrar as coisas. Tentar entender o outro lado da questão, coisa que não é muito discutida nos cantos de cá. Assisti a um documentário do Richard Dawkins sobre o ateísmo e encontrei algumas falhas, ou seja, ele não me convenceu. E tenho medo sim que o livro seja mais completo e abrangente, e me converta em uma apática defensora do não crer (acho que tenho mais medo da apatia que acompanha o ateísmo do que do ateísmo em si). Porém, não posso continuar julgando aquilo que não conheço. E, se já sobrevivi à leitura do “Evangelho Segundo Jesus Cristo”, ora pois, não devo ser tão influenciável assim. Daqui há 475 páginas comento o resultado.

A propósito, a cozinha ficou muito boa, mas a incomodação só acabou na última sexta-feira.

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