sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Para começar 2010

Já fiz uns dez textos mentais para postar aqui, mas todos ficaram nisso mesmo. Perderam-se na confusão das minhas idéias, nas festas de final de ano, na nova rotina de academia e caminhadas em busca da juventude eterna (depois dos 30 vêm os 40, e, depois dos 40, ou a gente pára de olhar no espelho ou aceita que tudo tem um fim). Tá difícil parar e escrever ultimamente.

O fato é que este foi um início de ano muito incomum: não enviei felicitações aos amigos, não fiz planos, não defini metas. Natal e ano novo passaram meio que num limbo, onde levitei sem raciocinar por alguns dias. A razão disso? Não tem razão, é só a crise dos 32, ou como queira chamar, se é que tudo precisa ter um nome (meu mundo é o das sensações, não consigo nomear objetivamente todos os momentos).

Gostaria de ter alguma obsessão, um vício, sabe? Pintar, correr, colecionar selos – qualquer coisa que proporcionasse metas e um conseqüente sentimento de realização ao alcançá-las. Mas não me encaixo nesse modelo de vida, sou eclética demais. Quero saber de tudo, aprender tudo, entender o mundo. Rotinas tornam a vida simples, o que é uma pena, pois nasci complexa (convexa, avessa, dispersa e amante das palavras – mas não viciada o suficiente).

Enfim, eis aqui um post para começar o ano e confundir os classificadores de blog, que podem lê-lo e pensar que se trata de um diário.

Um comentário:

Rogério disse...

Isto parece muito com o meu começo de ano. Acho que é informação demais que vem com o dia a dia, que nos faz de fato tirar férias de tudo. Do pensamento no futuro, do trabalho, dos amigos, uma verdadeira faxina mental toma conta da nossa cabeça. Não ache estranho, pois isto está ficando cada vez normal.
Também não tracei metas, passei algumas mensagens pelo celular, resolvi tirar férias totais de corpo e mente. Agora estou de fato tentando engrenar as coisas para este ano. Negócios, família, estudos, condicionamento físico, depois vejo que metas tenho que traçar.
Esta total falta de interesse pelo que virá é ruim, mas é consequência de um dia a dia em que a certeza é a única coisa que não temos mais. As coisas estão cada vez mais sem direção. Tudo está em um ritmo de mudança tão grande que ver a direção a seguir (e de fato gostar muito dela a ponto de se tornar um prazer de objetivo) está quase que impossível. Se gosto não sei, mas sei que é assim.
Um bom 2010 pra você.