quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Paris - Parte I

Acabo de voltar da primeira visita ao velho mundo e não posso deixar de compartilhar a experiência - pra lá de maravilhosa. Prováveis leitores, este post e os próximos trarão uma leve impressão sobre Paris, atrações, lugares inesquecíveis e comidas deliciosas.

Claro que este relato não chega aos pés de uma visita real, então, se ficou com vontade de conhecer a cidade, comece a planejar a viagem (não é tão caro quanto parece nem tão impossível quanto se pensa). Se já conheceu, compartilhe suas impressões deixando comentários. Boa leitura!

1. Começando do início
Eu provavelmente já devo ter dito isso mais de uma centena de vezes: a menos que você tenha dinheiro sobrando e não queira correr nenhum risco (ínfimo, insignificante risco) esqueça as agências de turismo. É muito mais barato viajar por conta. Como era nossa (maridão e eu) primeira viajem para além mar, pesquisamos primeiro nas agências pensando em optar pelo serviço.

Mas aí, pesquisa daqui, faz a conta de lá, compramos um guia (o da foto aí embaixo), reservamos hotel e passagens por conta. Resultado final? Nosso custo, somando avião, hotel, transporte na cidade e alimentação saiu pelo preço de um pacote só com avião e hotel. E olha que nos demos ao luxo de duas ou três refeições mais elaboradas em Paris – quem já foi sabe que comida lá tem um preço bem salgado.
Além do custo, viajar por conta tem outra vantagem: independência. Você não fica obrigado a permanecer horas em um local que não gostou só porque faz parte da programação e pode andar por lugares que não constam no menu das agências, misturando-se aos nativos e conhecendo muito melhor a cultura local. Eu, pessoalmente, adoro isso.

Outra coisa que ajuda muito é vasculhar sites e blogs sobre a cidade. Pegamos boas dicas de turistas e brasileiros residentes em Paris. O Conexão Paris (www.conexaoparis.com.br) tem ótimas dicas de restaurantes, transportes, clima e atrações turísticas em geral. A rede social www.dopplr.com reúne viajantes do mundo todo que compartilham informações preciosas sobre Paris e outras cidades do mundo.

Fim do início. Vamos ao começo da viagem propriamente dita.

2. Um dia cinza. Será?
Primeiro dia em Paris (descontando a chegada, pois era de tarde, eu estava para lá de cansada e só rendeu umas voltas pelas redondezas do hotel) amanhece nublado e frio - acreditem quando falam que o outono de lá é diferente do outono de cá. Parece o nosso inverno – o que fazer?

Visitar os excelentes museus de Paris, claro! Sou suspeita, pois adoro história e arte, mas visitar os museus de Paris é um ótimo programa. Começamos pelo Louvre.

Um imenso museu reunindo coleções de povos antiqüíssimos como fenícios, egípcios, gregos e romanos, só para citar os principais. Além de um acervo de pinturas francesas e italianas dos últimos séculos retratando cenas da idade média, renascimento e por aí vai.


Como entramos cedo (anote essa dica: depois das 9h30 as filas na entrada são imensas – se quer ver os pontos altos do museu com calma, o melhor é chegar cedo) fomos direto à Mona Lisa. O quadro é famoso pela técnica como foi pintado – inovadora para a época. De qualquer lado que você olhe para La Joconda (como os franceses a chamam) terá a sensação de que ela está olhando para você. Exceto o lado de trás – elementar, caro Watson.


Outras atrações visitadíssimas no Louvre são o Código de Hamurabi – primeiro código de leis conhecido no mundo, a Vênus de Milo (sinceramente, não vejo grande coisa nessa última) e as ruínas do Louvre medieval, no subsolo.

Para os fãs do Código Da Vinci (o livro/filme), lá está também todo o cenário onde se desenrolam os primeiros acontecimentos da trama: a pirâmide invertida, os quadros de Da Vinci e a imensidão dos corredores onde figuram relíquias de todos os cantos do mundo.

Enfim, o Louvre é imenso – dá para passar uma semana visitando as exposições. Do meu ponto de vista latino americano, não encontro um comparativo à altura.


Para o orçamento: a entrada custa 8 euros por pessoa, mas menores de 18 anos não pagam (essa última regra vale em vários pontos turísticos de Paris, um alívio para famílias que viajam unidas).

Após almoçar um baguete e uma coca-cola (o preço da comida lá é algo sem noção para nós brasileiros – a gente acaba fazendo do sanduíche a refeição mais comum da viagem) rumamos ao Museu da Ciência e Tecnologia.

As exposições aqui exploram assuntos como matemática, física (som, luz...), astronomia e engenharia. De tempos em tempos elas mudam – em nossa visita havia uma sobre o crime e outra sobre grãos, só para dar alguns exemplos. Esse museu é ideal para crianças em idade escolar (de 8 a 17 anos). Elas conseguem ver na prática aquilo que aprendem na escola e há muitos espaços interativos.


Além das exposições, há ainda um Planetário – que não consegui visitar, pois quando cheguei estavam encerrando a entrada para a última sessão – e um cinema 3D fora de série. As entradas são pagas em separado: há um preço para as exposições, outro para exposições “especiais”, outro para o Planetário e um último para as sessões de cinema (eles têm 3 ou 4 filmes passando, em horários diferentes). Já na entrada do museu há um espaço de informações, com atendentes e folhetos em francês, inglês e espanhol. Nada em português, como em todos os outros lugares de Paris (com exceção do taxista que nos levou do aeroporto ao hotel).



Fim da Parte I. Nos próximos dias publico um pouquinho mais sobre a visita à mais chique das capitas européias.

Um comentário:

Rogério disse...

Demais o seu relato. Estou ensaiando uma visita ao velho mundo mas quero ir sozinho, para o Caminho de Compostela.
Depois faço o turismo pela Europa.
Escreva mais, assim você aguça a curiosidade !!!
Abraço.