terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Há algum tempo – 10 anos? Tentei escrever um texto sobre a diferença entre homens e mulheres. Algo contra a sociedade machista, mas que mostrasse algumas sutis distinções entre os sexos. O texto ficou óbvio e pobre. E, sem experiência – embora achasse que tinha muita – não pude corrigi-lo. Hoje tiro duas conclusões daquilo: a primeira é que o nível de humildade no sangue aumenta com a idade. Depois dos trinta, principalmente (em poucos meses o ego é reduzido ao tamanho equivalente de uma ervilha). A segunda conclusão é que as pessoas são infinitamente mais complexas do que seus hormônios permitem. A divisão homem / mulher é simplista demais.

Queria dizer que nós, frágeis representantes do sexo feminino, somos mais dóceis e compreensivas. Mais sensíveis a sujeira, mais capazes de realizar múltiplas tarefas simultaneamente, mais fãs enlouquecidas de chocolate. E que eles, senhores dos músculos e da força bruta, tendem a focar sua atenção em uma coisa de cada vez, não ligam para a toalha de banho molhada em cima da cama ou para a tampa do vaso levantada no banheiro. E tendem a usar a buzina e xingamentos inapropriados numa proporção 10 vezes maior que nós quando ficam atrás de um volante. Mas tudo isso é clichê.

O grande fato – inexplicável pela indústria de massa – é que somos únicos. E, apesar de tudo, complementares. No bom e velho linguajar do interior, cada panela tem sua tampa. E viva a variedade, sô!

2 comentários:

Rogério disse...

As diferenças entre homens e mulheres é um assunto que toma a humanidade há muito tempo, sem chegar a conclusões sobre quem é melhor que quem.
Fisicamente sabemos das habilidades inerentes a cada sexo (sim, as mulheres conseguem fazer mais coisas ao mesmo tempo: anos de condicionamento entre cuidar dos filhos e fazer a comida), já os homens são efetivos quando tem que fazer alguma coisa (concentração no objetivo).
As mulheres conseguem enxergar mais do que a simples ação, o que torna o todo de uma tarefa mais elaborada (algumas se perdem e não chegam nos objetivos, mas o trabalho fica bem charmoso).
Os homens tem maior poder físico (o que serve para carregar compras, trocar lâmpadas e matar baratas), o que o torna bem útil na vida dos casais.
O que diferencia mesmo é a forma de ver o mundo. E nestes tempos de globalização, de mulheres se equiparando em termos salariais aos homens (nada contra), a forma de encarar as coisas deste mundo mudou ainda mais radicalmente.
O homem, que sempre decidiu as coisas (sim, grande parte delas sob a influência da mulher) tem que aprender a escutar, a ver os detalhes, a "enfeitar" seus trabalhos, o que lhe dá oportunidade de ser mais, diríamos, "delicado" nas coisas que faz.
Isto certamente irá mudar a forma de como este mundo será conduzido. Agora poderemos ver os detalhes das grandes decisões, escutando mais, vendo mais e sentindo mais antes de bater o martelo...
Todo poder às mulheres !!!
Agora deixa eu ir lavar a pilha de louças...

Gibran Malschitzky disse...

Putz devia mostrar isso pra minha ex-sogra!