sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Lendo a história de Joana, A Louca (la reina de Castilla, hija de Fernando e Isabel), em El Pergamino de la Seducción, de Gioconda Beli, começam a surgir na mente desavisadas (ir)reflexões.

O livro é um romance, e não pretende impor-se como fato histórico. Mas a minha mente, que sempre acreditou mais nos poetas que nos cientistas, insiste em dar crédito à versão de Gioconda. Deixando esta última volta de lado e voltando às (ir)reflexões, o que quero postar aqui, após tantos dias de chuva e vazio mental, é a obviedade chocante da constatação de que a loucura, mais do que uma falta de capacidade de raciocínio, é a característica das mentes que não aceitam seguir as regras hipócritas da sociedade.

Louco é aquele que grita aos quatro ventos as verdades cochichadas pelos corredores. Louco é aquele que percebe a incongruência da rotina e, ao mesmo tempo, dá-se conta do quanto depende dela. Louco é aquele que assume sua identidade mais profunda, longe das amarras da família, dos amigos, da escola, do trabalho. A loucura é a forma mais pura de sanidade mental.

(se alguém aí quiser saber o que eu ando tomando, manda um post, hehehehe :))

Boa e louca sexta-feira de quase-sol para os improváveis leitores!

Um comentário:

Rogério disse...

Oi, aqui em Salvador está um baita sol.
Quanto ao seu texto sobre a loucura, dê uma lida (sem as devidas considerações psicológicas, mas aproveite trechos) do livro "O Vendedor de Sonhos", de Augusto Cury.
A loucura está voltando à moda, porque não liberar o livre pensamento? Porque consideramos que tudo que é normal é o correto? Porque nunca nos lembramos que as grandes descobertas da humanidade foram feitas por pessoas que antes de qualquer conhecimento tinham a loucura de pensar diferente, de ver o mundo de outra forma, de ser totalmente fora da casinha? Loucura é uma forma de ver o mundo fora da visão dele.
Abraço.