quarta-feira, 31 de julho de 2013

Respire

É respirar três vezes antes de falar
E repensar a fala até a perfeição 
É deixar a perfeição pra lá
Porque, no fim, não importa
É repetir, repetir e repetir
E ter convicção de que vai funcionar
É saber que tudo vai dar certo, 
Tudo vai dar certo,
Tudo vai dar certo
E, se não der, um dia dará
É afogar o grito com um sorriso
Mudar o foco
Sacrificar as lâmpadas
Para continuar a ver
Paciência é isso
É o que tem pra hoje
E você pode até não gostar do cardápio
Mas vai ter que engolir

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Abraçar apertado para se perder do medo
e se desabraçar do espaço
vazio entre nós
há só o medo a despertar descasos
desafetos, desamores, quisera fosse
desipocrisias
de abraços desmedidos até não mais conter

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Confissão

Às verdades encobertas por mil véus
Prefiro tapas na cara nus e desavergonhados 
Sou mais de chamar as vísceras pelo que são:
tripas encharcadas de sangue e imundície
Merdas sem dissimulação 

domingo, 6 de janeiro de 2013

Disney, Universal, SeaWorld e outros lugares para voltar a ser criança




Depois de descobrir que viajar sem as muletas de uma agência de viagens pode ser libertador e incrivelmente simples, passei a me sentir na obrigação de compartilhar as boas experiências de forma democrática. Perdoem-me os amigos que são também profissionais agentes de viagem, mas vocês sempre terão seu público fiel, e até mesmo alguns daqueles que lêem esses posts preferem recorrer a vocês na hora do “vamos ver”. 

As dicas abaixo referem-se a minha primeira viagem à terra do Tio Sam, feita em outubro de 2012. Preguiça vai, preguiça vem, trago-as para cá e espero que ajudem o caro leitor a conhecer essa parte tão popular do mundo: a mágica Orlando e seus nada menos mágicos arredores. 

  1. Trajeto:
Peguei a “linha” Brasil - Orlando - Miami - Brasil, com escalas, e preciso começar por aqui porque contém observações bem importantes para os marinheiros de primeira viagem: a primeira delas é que se você tem pouco tempo, limite-se aos parques. Nada de conhecer Miami ou outra cidade depois, a menos que tenha um bom mês para gastar. É muito, muito cansativo mesmo passar os dias nos parques (mas vale a pena!!), e vai faltar energia para o turismo tradicional depois, acredite. Ok, se você for maratonista, pode ignorar esta. A segunda dica é que os impostos são menores em Orlando - ou seja, quando pensar em compras, esqueça Miami. Os outlets em Orlando também são ótimos, palavra de quem teve a oportunidade de comparar. 

  1. Passagens:
Compramos nos sites das companhias aéreas, a volta convertendo pontos do cartão de crédito em milhas, e a ida aproveitando uma promoção. Depois de definida a data da viagem, monitore sites como o www.decolar.com para descobrir as pechinchas e, se gosta tanto de viajar quanto eu, aprenda a usar os benefícios do cartão de crédito (lembrando de anotar os gastos e pagar tudo sempre - viajar com dívidas não é nada bom).

  1. Hotel:
Ficamos num hotel da Disney - o mais simples, diga-se de passagem. Vantagens: tem ônibus ida e volta para os parques da Disney, pode-se aproveitar as tais “extra magic hours” (você entra uma hora antes do horário normal nos parques e vai nos brinquedos mais disputados enquanto ainda não têm filas), os funcionários são sempre felizes e sorridentes (não sei o que eles põem na água e me arrependo de não ter perguntado). 
Desvantagens: é um pouco mais caro que os hotéis em Orlando, não tem café da manhã e, dependendo da área em que você ficar, terá que andar um pouco para chegar ao restaurante (se chover todo final do dia, como no período em que estivemos lá, isso é especialmente desconfortável).
Pode-se fazer a reserva pelo site: https://disneyworld.disney.go.com (a Disney tem vários hotéis em Lake Buena Vista, com diferentes padrões, todos listados aqui).

  1. Parques:
Avaliamos as opções em parques “Oh!” e parques “Ahhhhhh!!!”. Os primeiros são aqueles em que você volta a ser criança, acha tudo lindo e maravilhoso e sente-se literalmente no país da felicidade - praticamente todos os da Disney. Os segundos envolvem mais adrenalina, frios no estômago e gritos de todos os tipos. São também os mais divertidos para adultos. Vamos aos comentários (saliento que só vou falar daqueles que visitei):

Magic Kingdom
Classificação: Oh!
Breve descrição: sabe aqueles desenhos da Disney onde tudo é lindo e maravilhoso, as pessoas dizem bom dia! e como vai você? umas às outras e sorriem sempre? Então. O Mickey Mouse é o dono da festa e fala-se nele o tempo todo nos teatros que acontecem durante o dia nas ruas e praça principal do parque. As montanhas russas mais levinhas estão aqui (embora eu não classifique a Space Mountain como “leve”, aliás, se você for claustrofóbico, melhor evitar). E, claro, tem o maior índice de crianças com menos de 3 anos por metro quadrado que já vi, com carrinhos de bebê por todo lado. Sinceramente, não faça isso. A criança não tem energia para tanto, não vai conseguir entrar na maioria dos brinquedos e, quando crescer, sequer vai lembrar que esteve lá. 
Atrações: https://disneyworld.disney.go.com/attractions/magic-kingdom/
Ingressos: https://disneyworld.disney.go.com/tickets/

Hollywood Studios
Classificação: Oh! e Ahhhhh!!!
Breve descrição: pense num filme dos anos 50, ambientado naquelas pequenas cidades americanas, mas com tudo bem mais limpo e organizado, com direito a uma ou duas ruas de São Francisco ou Nova York (também nos anos 50). É isso. A densidade demográfica aqui é menor que no Magic Kingdom e, se você não for em julho, é possível caminhar com um certo conforto. A maior parte dos brinquedos é do tipo Oh!, porém há uma montanha russa e um elevador do tipo Ahhhhh!!!. Tenho pavor de altura mas confesso que o elevador é imperdível, principalmente pelos efeitos especiais. Faltou coragem para a montanha russa, um passeio em altíssima velocidade ao som do Aerosmith. 

Animal Kingdom
Classificação: Oh!
Breve descrição: um zoológico com o melhor cenário de zoo que você poderia ver. Claro, tem uns brinquedos legais também, como o Kali River Rapids e o Expedition Everest (esse é Ahhhh!!!). Se você gosta de bichos, vá. 



Epcot Center
Classificação: Oh!
Breve descrição: é o parque da ciência, mas com poucas atrações. As duas melhores são o Soarin (uma simulação de vôo de asa delta) e o Spaceship Earth. Uma dica é almoçar na área do World Show Case, espaço enorme com cenários de diversos países e restaurantes típicos.   
Universal Studios
Classificação: Ahhhhh!h!!
Breve descrição: os brinquedos mais divertidos para adultos estão aqui. Não perca The Simpsons Ride, Despicable Me (Meu Malvado Favorito), Terminator 2, E.T Adventure (esse está mais para Oh!) e, para os fãs de altura, uma montanha russa que você enxerga muito antes de entrar no parque (novamente, faltou coragem...). Há algumas áreas para crianças pequenas brincarem também, como a do Curious George.

Universal’s Islands of Adventures
Classificação: Ahhhhh!!!
Breve descrição: é um parque um pouco menor, mas imperdível. Na minha opinião, tem o melhor de todos os brinquedos, o Harry Potter and the Forbidden Journey. E o segundo, The Amazing Adventures of Spider-Man. Ressalto que as montanhas russas mais radicais jamais entrarão em minha lista de melhores brinquedos por motivos de fobia incurável, mas dizem que a do Hulk é ótima. Os brinquedos que molham de verdade estão nesse parque - vale a pena levar uma muda de roupa na mochila. 
Atrações e ingressos: http://www.universalorlando.com/Theme-Parks/Islands-of-Adventure.aspx

SeaWorld
Classificação: Oh!
Breve descrição: shows com baleias e golfinhos fofos (dá vontade de levar pra casa!) e o imperdível Turtle Trek, um vídeo onde você acompanha a vida de uma tartaruga marinha desde o nascimento, enxergando tudo do ponto-de-vista dela, num telão que percorre toda a cúpula do auditório (o brinquedo é infinitamente melhor que esta descrição). 
Atrações e ingressos: http://seaworldparks.com


Discovery Cove
Classificação: Oh!
Breve descrição: seus pés agradecerão eternamente por este parque - visite após percorrer ao menos dois dos que citei acima - e sua alma ficará encantada com os golfinhos, as arraias, a praia artificial, os pássaros... Uma espécie de spa no meio da praia, que não é praia mas é linda, seria uma descrição mesquinha do lugar. Realmente recomendo a visita, mas é preciso comprar os ingressos com meses de antecedência para conseguir vaga.



5. Compras
Reserve uns 2 dias para elas, valem muito a pena. Como disse no início do post, os impostos são mais baratos em Orlando, que tem outlets imensos, como os Premium Outlets na International Drive e na Vineland Ave. Antes de viajar, visite o site www.premiumoutlets.com e imprima os vouchers de descontos, além de imprimir um voucher que dá direito a pegar o livreto de descontos na central de informações dos outlets (entendeu como é barato?). 

  1. Transporte
Definitivamente, alugue um carro. Tudo é muito longe lá e, se depender de táxi, vai faltar dinheiro para as compras. Só para ficar bem claro, os parques da Disney, por exemplo, estão em Lake Buena Vista, uma cidade ao lado de Orlando. Também sugiro levar um GPS (ou comprar lá, que é bem mais barato do que no Brasil).
Onde alugar: www.alamo.com 

Tenho certeza de que esqueci de algumas coisas, porque há muito o que falar dessa viagem, mas espero que as dicas ajudem.

Importante: o texto acima reflete a experiência e os gostos desta que vos escreve, que esteve apenas uma única vez nos locais acima citados. Se esqueci de algo que você considera importante, fique à vontade para compartilhar nos comentários deste post. 

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Para não pensar


Sim, é claro que é tudo
é claro que é pouco
Há pouco, nem era mais

Faz falta, eu sei
Mas o tempo também faz
E anda caro, e anda curto
E anda depressa demais

É tudo e quase não basta
Esse nada que aqui jaz
Neblina espessa
É claro
Esqueça.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

La Lune

Eu vou pra lua
Ancorada ao universo cinza
Catar pedras imensas
Eu vou pra lua
com sua certeza do céu que não há
passear entre abismos disfarçados de queijo
sem comida, água ou fé
Flutuarei solta de um lado a outro
até que flutuar perca o sentido
então, leve, cortarei as amarras
e, rumo ao infinito,
enxergarei as estrelas.


sábado, 5 de novembro de 2011

Sombra

Sou a sombra dos poemas que faço
Um pedaço insolúvel das frases que escrevo
Minha alma não cabe no papel dos meus traços
Pedaços de mim que nem sequer vejo

Decifra-me. Talvez ao passar por minhas horas
Haja um vislumbre de mim mesma
Sem a ilusão das palavras
Ou o desejo de sê-las.